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ANÉLIO LOPES DE SOUZA

 

RECIFE - PERNAMBUCO -

Pernambuco: nascido em 25.03.1924 em Afogados da Ingazeira, região do Pajeú, Pernambuco. Sobrinho de Severino Augusto de Almeida, poeta de cordel, aos 11 anos de idade desafiou o seu tio com uma estrofe "de oito pês de quadrão".

Era o autor dos versos de roda dos folguedos da criançada, das cirandas da praça e das festas de escola. Revelou-se escultor, aprimorando-se em madeira, tendo recebido troféu e medalha em festivais de arte. Participou da Antologia "Dez Anos de Poesia e União" — Poebras - 1989. No X Concurso Nacional de Poesia, promovido pela Revista Brasília – 1989 – agraciado com um “Diploma na categoria — Destaque Especial”. /Naquela época (1990) tinha dois livros prontos para publicação “Quando Fala os Versos” e “Pètalas Convergentes”.

 

 

ANTOLOGIA DE POETAS E ESCRITORES DO BRASIL. Selecionados pela Revista Brasília.  Volume XIII.  1990.    Organizada por Reis de Souza.  Brasília, DF: Grupo          Brasília     
de Comunicação Ltda, 1990.    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

VISÃO APOCALÍPTICA

 

Vejo a terra deserta, devastada e "fria"
Conturbada no que resta do fogo ardente,
No infinito o Sol qual uma brasa quente,
Tostando humanos no tártaro da agonia.

 

Do céu uma faixa branca de fria luz pendente

Imperceptivelmente rubra cor luzia

De santas mãos nova paz fluía.

E uma coroa estática a brilhar fremente.

Pelo alto infinito uma batalha astral

Do apocalipse de João Evangelista ao vivo

Todos os sonhos bíblicos têm feição letal.

E, Deus que sempre aposto, soberano e altivo
Tem debaixo dos pés, as mãos do aperto final,
Queda-se em singular, porém de amor passivo.

 

 

 

MENINO DE RUA

No canto da calçada enrigecido,

A calça rota, de frio contraído...

Já não "o" obriga o lençol destes jornais,

Ali treme uma vida, sobejo do indevido,

Mão não desce em auxilio a esse pequeno,

Pouco importa que morra ao frio sereno,

Assim pensam; sem Deus, è ser perdido.

Encolhido no chão, sujo de barro,
Sarcásticos passam a cuspir do carro,
E naquela infecção quieto, inócuo, dorme
Sonhando talvez o sonho inconforme,
Ai o transeunte olha e esbarra
Vê o abandono do pequeno ser,
Naquele leito público a morrer
E é bem ali que rico escarra.

 

 

BEIJOS NÃO DEVOLVIDOS

 

Tenho em mãos tudo que me devolveste
Vejo que nada falta, nem a flor,
Símbolo ardente desse nosso amor,
Mas algo bom eu sei que tu esqueceste.

 

Não te lembras?... Aumentas minha dor.
São coisas do amor que em chamas te dei
E nunca, jamais, os esquecerei;
Os beijos que me fazem sofredor.

 

Se me devolves, eu os esperarei.
Bem sabes que estão todos em ti,
E todos com ardor eu te ofertei.

O doce mel que em teus lábios sorvi
Hoje é fel, tu não sentes, bem sei,
Tu esqueceste, mas eu não esqueci.

 

 *

 

VEJA e LEIA outros poetas de PERNAMBUCO em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/pernambuco/pernambuco.html

 

Página publicada em fevereiro de 2021


 

 

 
 
 
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